Segundo Durkheim, a consciência coletiva é o conjunto de crenças e sentimentos que são comuns aos indivíduos de uma mesma sociedade. Nesse sentido, se a consciência individual nos marca como singulares, a coletividade nos une enquanto plurais na civilização. O respeito às leis só é dado enquanto nos entendemos como seres que vivem em um coletivo.
É nesse contexto onde o fato social entrelaça-se à consciência coletiva. O fato social é um conceito sociológico que refere-se a maneira de agir de um determinado grupo. Sendo assim, são o conjunto dessas ações que permitem a identificação entre indivíduos e resultam na consciência coletiva, a qual age por trás de cada membro pertencente à aquela sociedade, influenciando seus atos futuros.
Cabe, nesse momento, entender os impactos de como o coletivo interfere na construção da sociedade dia após dia. Em concordância a Grada Kilomba, a noção de fala, enquanto compositora de conhecimentos e saberes, é intrinsicamente ligada ao poder e a autoridade racial. É nesse contexto em que é possível debruçar-se sobre a história e analisar em que pilares históricos estão construídas nossa noção de consciência coletiva. Se, como já analisado previamente, a consciência é construída pelo conjunto de crenças, quem foram aqueles que ditaram no que acreditaríamos?
Conclui-se, desta forma, que em uma análise crítica da sociedade, é necessário conhecer novamente e entender profundamente os pilares que instituem nossa civilização. Uma vez que, enquanto conscientes do nosso coletivo, não podemos partilhar das mesmas crenças e valores que aqueles que, por muito tempo, foram os responsáveis pela nossa dominação.
Nicolas dos S. Mattos - 1 Ano Direito - RA: 231223731
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