O funcionalismo, primeiramente proposto por Émile Durkheim, consiste em uma teoria que se baseia em ideais biológicos para definir, explicar e exemplificar o funcionamento das sociedades, já que um organismo é composto por uma diversidade de órgãos que, funcionando juntos, mantém e regula a operação do corpo humano, o que também ocorre com as sociedades, as quais são compostas por indivíduos que as mantém funcionando. Paralelo a essa teoria, Durkheim também explica a respeito do fato social e sua função a partir de uma metodologia sociológica que tem como ponto de partida observar os fatos sociais como coisas.
Nesse sentido, é possível constatar que os fatos sociais independem do ser individual e possuem como essência a ação dos homens em sociedade, o que se relaciona com a consciência coletiva dos mesmos, pois esses devem agir pensando na sociedade e no benefício dela como um todo, e não no benefício próprio em si. Entretanto, sabemos que as sociedades tendem a ser cada vez mais egoístas, pois muitas pessoas não se colocam no lugar do outro e preferem viver suas vidas sem a presença dos fatos sociais, pensando no bem comum da sociedade.
Portanto, a partir dessas ideias, vê-se que a solidariedade social dos seres humanos, formada igualmente pela consciência individual e coletiva, está em declínio devido a ascensão do egoísmo e do viver individualista nas sociedades modernas. A exemplo desse fato, tem-se a ideia da “lógica de condomínio”, que consiste na mudança das pessoas com maior poder aquisitivo para lugares ainda mais privados com a intenção de se sentirem mais “seguras” e distantes dos locais públicos das cidades, como praças e parques.
Bárbara Vitória Gomes Bugiga
1º ano Direito - Noturno
RA: 231222203
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