Durkheim pregava a prevalência das normas sociais, naturalmente estabelecidas de forma interna, sob a vontade de o comportamento do indivíduo. Segundo ele isso ocorre para a própria sobrevivência da sociedade, que busca uma ordem que a pacifique.
Desse modo
o público deveria interferir em relações privadas apenas se elas prejudicarem o
funcionamento equilibrado da sociedade, não devendo haver conflito em relações
que não prejudiquem o todo.
Assim
sendo, a sociedade se adapta e proíbe naturalmente comportamentos que causem
disfunções sociais, comprometendo a relação de equilíbrio, que pode mudar de
acordo com a mudança de costumes e do comportamento da sociedade.
Essa visão
pode ser observada de forma muito clara nos casos de racismo e abuso de
autoridade que ganharam notoriedade por meio da exposição, sendo um meio da sociedade mostrar e repreender comportamentos que não cabem mais no convívio social, sendo desfuncionais à sociedade.
Hoje em
dia esse fenômeno social, de expelir e repreender comportamentos inadequados, é
facilmente observado nas redes sociais, inclusive com excessos e a promoção de
linchamentos virtuais, onde cada vez mais as condutas inadequadas, que antes passavam despercebidas pelo conjunto da sociedade, são expostas, gerando reprovação da sociedade, visibilidade e efeito dissuasivo a potenciais praticantes de atitudes semelhantes.
Há também nas reflexões de Durkheim quanto a classificação do suicídio, que pode ser um fato considerado egoísta, onde o
indivíduo não enxerga sentido na sociedade, solidário, onde o indivíduo se
sacrifica em prol de um objetivo ou pauta comum, e o anômico, onde o caos social
geral faz com que o indivíduo seja afetado, desencadeando o suicídio.
Durkheim também distingue a
solidariedade, em mecânica, onde cada membro da sociedade funciona como uma
engrenagem social que influencia a outra, e a orgânica, onde a sociedade é dividida
em grupos específicos que se influenciam internamente.
O último tipo abordado pode ser observado na postura quanto a pandemia, onde grupos de maus empresários não se importam com o outro grupo social, os funcionários, e insistem na volta à normalidade, comprando narrativas descabidas e anticientíficas, com a retaguarda de terem seus leitos garantidos no sistema de saúde privado, desse modo lutando para os interesses imediatos do seu grupo social sem considerar os outros grupos sociais e o retorno a longo prazo.
Aluno: Nicolas Gomes Izzo.
Turma: Direito 1° Semestre Noturno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário