O
populismo é um meio para a conquista e manutenção do poder baseado no carisma e
na mistificação do líder, o qual busca ser visto como um herói redentor capaz
de salvar o povo de um inimigo, o qual, geralmente, é inventado ou
inexpressivo. Esse fenômeno ao longo do século XX e nessas duas primeiras
décadas do século XXI tem se mostrado muito comum na América Latina, sendo
capaz, até mesmo, de garantir o poder a diversos ditadores.
Esse
fenômeno, a partir de uma análise a luz de Durkheim, é possível identificar o populismo
como um fato social, isso pois, em primeira análise, se trata de um fenômeno
externo aos indivíduos, sendo uma produção coletiva, a qual demonstra suas
indignações e espera o surgimento de alguém com um discurso simples e objetivo
com soluções simplistas à essas demandas, além disse, esse fenômeno também é
geral, ou seja, é legitimado por grande parcela da sociedade, a qual se
encontra em um estado de alienação e dessa forma os líderes que conseguem o
poder por esse método, geralmente, por ter grande apoio popular conseguem se desviar
das outras instituições que garantem a divisão justa do poder, gerando assim
uma administração do poder desarmônica entre os poderes e com traços
autoritários. E outro fator que elege o populismo como um fato social é a sua capacidade
de coerção, pois os guiados por esse líder, em grande parte, se tornam cegos ao
contraditório e não percebem absurdos, nesses momentos, toda a divergência em
relação as visões do líder se tornam ameaças aos olhos de seus seguidores, o
que leva esses a considerarem todo aquele que discorda no mínimo dos pontos a ser rotulado como um
membro do grupo inimigo.
Na
prática, o populismo se trata de um fato social perigoso e reacionário, o qual
quando não combatido eleva pensamentos perigosos através de líderes autoritários
ao poder, independente da orientação ideológica, o populismo tem um grande
poder de acabar com democracias e com a tolerância a grupos divergentes e minoritários
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