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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

O funcionalismo nato da sociedade atual


Durkheim, em seus estudos, compara a sociedade a um organismo vivo, ou seja, possui órgãos que trabalham em conjunto para que o corpo permaneça em homeostase, cada um possuindo a sua função, sendo que nenhum desses órgãos possui uma função fora de seu corpo. Assim seria a sociedade e suas partes, fora dela não teriam serventia. Sendo assim, os indivíduos já nascem nesse corpo e são premeditados a contribuírem, já possuem um modelo de como devem agir, pensar, vestir, trabalhar, comer, falar, entre outros.
Nesse contexto, há uma tendência no funcionalismo a identificar partes mais importantes devido a sua função e a ignorar minorias ou elementos sociais que fujam do modelo proposto. Para Durkheim, as partes da sociedade deveriam funcionar com coesão, para que não sofra danos e não comprometa as outras estruturas, sendo algumas das estruturas a família, escola, órgãos estatais e igrejas. Assim como em um corpo, quando algum erro ocorre ou o sistema é invadido por um parasita, é preciso que os danos sejam rapidamente reparados  e que o parasita seja eliminado, para que a ordem se restabeleça. Na sociedade real, esta é a função do direito restitutivo, cuja função é regular harmonicamente as funções e manter a ordem.
Desse modo, é possível ver como o mundo age de maneira semelhante, principalmente em governos autoritários. Ao fugir do modelo ideal, há uma taxação de inutilidade pela comunidade social ou até mesmo uma repressão, que aos olhos da grande maioria é o certo, pois não conseguem ver “fora da caixa”. Assim, para que uma grande mudança ocorra em uma sociedade, será sempre necessária uma implicação interna no consenso social para que a mudança se perdure.

José Augusto Costa Starteri - 1º ano Direito - noturno

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