A sociedade brasileira
desde sua independência passou por diversas mudanças, mas sempre é possível
encontrar resquícios dessas alterações, bem como, ideais positivistas. Não só
na frase “Ordem e Progresso” que está na bandeira do Brasil, mas também em pensamentos
do ideólogo Olavo de Carvalho que segue uma linha de racionalização da moral. Os
ideais do positivismo comtiano estão presentes, principalmente, em indivíduos
que compõem as áreas militares da sociedade.
Desse modo, se pegarmos o histórico da Proclamação
da República do Brasil. Nota-se que foi realizada por militares, que seguiam os
ideais de Augusto Comte, para retirar o sistema monárquico do Brasil. O
positivismo comtiano tem como ideia central a Lei dos três estados que são,
respectivamente, o teológico, metafísico e o positivo.
Destaca-se a semelhança
entre a divisão Lei dos três estados e o pensamento do brasileiros em relação
ao Covid-19, primeiro o vírus veio porque Deus queria unir as pessoas, em
seguida foi criado e mandado pela China, no final a ciência chega e mostra que
é um vírus perigoso, que sofreu uma mutação que permitiu a contaminação de
humanos.
O ideólogo Olavo de
Carvalho em “Mentiras Gays”, nos apresenta a homossexualidade como uma doença
ao fazer referência usando o termo homossexualismo. Logo após, vemos de maneira
explicita o racionalismo, já que o autor acredita que os direitos específicos à
comunidade LGBTQI+, não devem existir e os membros dela devem ter os mesmos
direitos que todas as pessoas da sociedade.
Ademais, a ideia do autor acaba se tornando uma verdade nos moldes
positivistas, por que ele racionaliza a moral e apresenta argumentos.
Enfim, é necessário a
ordem e o progresso de Comte para a sociedade evoluir nos moldes científicos,
eliminando os mitos e as crenças teológicas que impediram por séculos os
avanços em diversas áreas do conhecimento. De modo algum, devemos seguir linhas
positivistas dos olavistas, pois essas seguem ideias morais e não verdades
científicas, podendo muitas vezes oprimir ainda mais as minorias e aumentar as
desigualdades entre elas e os julgados “normais”, ou até mesmo fazer com que
pessoas ignorem pesquisas cientificas para acreditar que uma doença que matou
mais de 648 mil pessoas, não passa de uma gripezinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário