"Mentiras Gays" de Olavo de Carvalho e o
Positivismo como determinantes do Progresso
Ordem e Progresso, termos conhecidos popularmente na
sociedade brasileira, visa além do que nossos olhos podem ver. É o eixo
positivista, ciência social que propõe, através da ordem e moral, alcançar todo
o potencial que uma nação pode ter. Augusto Comte, pai da sociologia e da
teoria positiva, escreveu a obra “Discurso sobre o Espírito Positivo” em 1844.
Dois séculos depois, com a modernização e consequente naturalização dos
movimentos sociais, é necessário reforçar tais ideais evitando as aberrações
oriundas dessas lutas pobres em honestidade. Já a razão pública
“deve encontrar-se implicitamente disposta a acolher atualmente o espírito
positivo como a única base possível para uma verdadeira resolução da profunda
anarquia intelectual e moral” (Comte).
Uma dessas anomalias é o movimento LGBT, que busca validar
os ideais mais absurdos. Se apoiam no discurso da liberdade de expressar sua
sexualidade e na falta de Direitos (mesmo todos sendo iguais perante a lei,
como expressa a Constituição). No mundo contemporâneo, como um bom exemplo
positivista, temos Olavo de Carvalho e sua obra “O Imbecil Coletivo:
Atualidades Inculturais Brasileiras” (1999), que traz um capítulo inteiro
dedicado ao tema, chamado “Mentiras Gays”. Uma das citações mais precisas é o
seguinte trecho: “desonestidade intelectual é o abuso do rótulo “preconceito”.
Os homossexuais estigmatizam como preconceito qualquer opinião que condene como
anormal ou imoral a sua conduta.”. Os LGBTs não entendem que as simples preferencias
sexuais de alguém não deve ser provedora de Direitos sobretudo sobre os
heterossexuais. “Os homossexuais protestam contra a hegemonia dos heteros, mas
ela é justa: os heteros falam em nome da espécie humana (que inclui os homos),
e os homossexuais falam em nome dos desejos de um grupo.”
Outra contradição é a transexualidade. Citando Comte, “A
antipatia crescente que o espírito teológico inspirava justamente à razão
moderna afetou gravemente muitas importantes noções morais, não somente
relativas às maiores relações sociais, mas também concernentes à simples vida
doméstica, e até mesmo à existência pessoal.”. Desde quando o “gênero” é algo a
ser escolhido individualmente? Desde quando as feministas e LGBTs vêm pregando
isso. Além de reforçar os estereótipos, temidos pelos mesmos grupos hipócritas,
a Teoria de Gênero que querem ensinar em nossas escolas é abiológica. “A
percepção de qualquer ser é instantaneamente a percepção de seu círculo de
latência” (Olavo de Carvalho - Ideologia de gênero e dissonância cognitiva
(2018)). Não adianta me dizer que a pedra é um animal se o que vejo é uma
pedra. Se tem útero é mulher, se tem testículos é homem. Comte diz que “somente
são reais os conhecimentos que repousam sobre fatos observados”, e, portanto, o
gênero dos transexuais são imaginários. Só existem para eles, que renegam sua
própria natureza. Se eu tenho que respeitar sua imaginação, significa então que
o imaginário prevalece ao real? Não há nenhum resquício de lógica nesse
pensamento.
Quanto mais reconhecimento essas aberrações conseguirem,
quanto mais pessoas conseguirem alienar, logo todos esses conceitos errôneos
estarão sendo reproduzidos desde o Ensino Infantil para “combater o
preconceito”, formando indivíduos confusos que presam os desejos e imaginação
acima da biologia e a realidade. Se for crime questionar essas convicções não
teremos nenhuma garantia de sobrevivência da espécie ou de moralidade no
futuro, ameaçando a ordem e inviabilizando o Progresso.
Nota: Esse texto foi produzido a partir de uma proposta de atividade e não está de acordo com a opinião da autora.
[i] COMTE, Augusto. “O espírito positivo é mais apto que o espírito teológico-metafísico para organizar a sociedade e sistematizar a moral” In: Discurso sobre o Espírito Positivo (1844). São Paulo: Abril Cultural, 1978 (Os Pensadores).
[ii] CARVALHO, Olavo. “Mentiras gays”. In: O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras. Rio de Janeiro: Faculdade de Cidade Editora, 1999.
[iii] "Olavo de Carvalho - Ideologia de gênero e dissonância cognitiva". Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vrV60VK6aPQ (2018).
Lívia Pimenta Clemente Silva
Direito Noturno
1° Período - UNESP
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