No século passado, a razão era vista como a solução miraculosa para todos os problemas e portanto, todo conhecimento gerado a partir dela era considerado bom e útil.Não haviam críticas sobre tal forma de fazer ciência e o saber era sinônimo de poder, pois as ciências eram fragmentadas e as pessoas não tinham perspectiva do que poderia vir a acontecer com tamanha especialização e progresso.O auge de tal fenômeno se deu na Primeira e Segunda Guerras Mundiais, nas quais houveram inúmeros avanços tecnológicos e científicos mas tais modernizações não foram precedidas de responsabilidades morais, uma vez que algumas dessas criações, como o avião e a bomba atômica causaram milhões de mortes.Isso mostra que a sensibilidade não é uma fraqueza e sim uma virtude dos homens, pois quando usada em parceria com a razão gera resultados extremamente promissores e podem evitar catástrofes.
Além disso, o mundo é um organismo que está sempre em mutação.Ao longo da história, os homens foram e são capazes de mudar radicalmente a forma como se organizavam em sociedade,seus paradigmas e conceitos.Isso mostra que tudo o que a razão cria pode ser mudado e que entender a ciência atual é sinônimo de aprender a questionar.Duvidar de racismos, esteriótipos de gênero, machismo, homofobia, autoritarismos.Ou seja, entender que a racionalidade, muitas vezes, cega a sensibilidade e cria preconceitos que quando não combatidos podem gerar violência e alienação. A exemplo disso, tem-se as pessoas que usam embasamentos biológicos para comprovar seus preconceitos, como a homofobia, pois acreditam que apenas pessoas de sexos diferentes devem ficar juntas, uma vez que só assim é possível a reprodução, e qualquer outra forma de afeição é vista como anormal.
Dessa forma, é preciso entender o mundo enquanto processo e não fim estável, pensar nas mudanças pelas quais passamos e se adaptar a elas,usar a razão para questionar a própria razão afim de não cometer erros passados, não se deixar levar pelo ego, entender que todo conhecimento é positivo e que os saberes vão além dos livros.Assim, é preciso ser orgânico nesse mundo mecânico, contrariando os padrões sociais e defendendo os direitos humanos, pois o limite da razão vai até onde os direitos humanos não são atingidos e negados.
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