“É como se a natureza funcionasse feito
relógio. Você a desmonta, a reduz a um monte de peças simples e fáceis de
entender, analisa-as, e aí passa a entender o todo.” A analogia mencionada
refere-se à frase da personagem Sonia no filme: O Ponto de Mutação que faz uma
critica à como o mundo se comporta em seus processos científicos.
O
pensamento de comparar a natureza a um relógio reforça a ideia da personagem a
respeito do mundo ser mecanicista, isto é, toda a relação, de cunho acadêmico,
que envolve a natureza, é utilizada um estudo criterioso acerca de seu
funcionamento. Da mesma forma que uma máquina (relógio), o modelo mecanicista
analisa tudo que compõem o espaço natural de maneira racional, lógica e exata.
Desse
modo, a crítica proposta no filme condiz com a organização da sociedade
contemporânea, ou seja, no atual cenário global nota-se uma crescente demanda
pelos recursos naturais, para fins diversos. Assim, as trocas comerciais no
mundo globalizado assumiram concepções diferentes, no qual o sistema econômico propicia
a exploração desenfreada da natureza, uma vez que o consumo e o lucro pautam os
debates políticos a fim de suprir as necessidades da sociedade atual. Por
conseguinte, em um mundo mecanicista, no qual o desenvolvimento de uma ciência
criteriosa e extremamente racional é à base de sua estrutura, é possível
observar o descaso com a natureza em detrimento do bem estar humano.
Portanto,
o pensamento acima, criticado por Sonia no filme, a respeito de compreender a
natureza não mais como um órgão vivo, mas sim como uma máquina racional, proporciona
a exploração de seus recursos em níveis muito altos o que leva a constante
degradação do meio ambiente para saciar as vontades humanas.
Rafael Bronzatto – 1° ano de direito matutino
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