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domingo, 15 de março de 2020

Os impactos da racionalidade no meio natural


 “É como se a natureza funcionasse feito relógio. Você a desmonta, a reduz a um monte de peças simples e fáceis de entender, analisa-as, e aí passa a entender o todo.” A analogia mencionada refere-se à frase da personagem Sonia no filme: O Ponto de Mutação que faz uma critica à como o mundo se comporta em seus processos científicos.
                O pensamento de comparar a natureza a um relógio reforça a ideia da personagem a respeito do mundo ser mecanicista, isto é, toda a relação, de cunho acadêmico, que envolve a natureza, é utilizada um estudo criterioso acerca de seu funcionamento. Da mesma forma que uma máquina (relógio), o modelo mecanicista analisa tudo que compõem o espaço natural de maneira racional, lógica e exata.
                Desse modo, a crítica proposta no filme condiz com a organização da sociedade contemporânea, ou seja, no atual cenário global nota-se uma crescente demanda pelos recursos naturais, para fins diversos. Assim, as trocas comerciais no mundo globalizado assumiram concepções diferentes, no qual o sistema econômico propicia a exploração desenfreada da natureza, uma vez que o consumo e o lucro pautam os debates políticos a fim de suprir as necessidades da sociedade atual. Por conseguinte, em um mundo mecanicista, no qual o desenvolvimento de uma ciência criteriosa e extremamente racional é à base de sua estrutura, é possível observar o descaso com a natureza em detrimento do bem estar humano.
                Portanto, o pensamento acima, criticado por Sonia no filme, a respeito de compreender a natureza não mais como um órgão vivo, mas sim como uma máquina racional, proporciona a exploração de seus recursos em níveis muito altos o que leva a constante degradação do meio ambiente para saciar as vontades humanas.

Rafael Bronzatto – 1° ano de direito matutino         

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