Consoante ao sociólogo Max Horkheimer, os homens utilizam a “razão instrumental” de acordo com os seus interesses, ou seja, utilizam a ciência para terem cada vez mais conforto. Dessa forma, por meio dela transformaram o mundo e tiveram vários avanços nos campos da engenharia e medicina, por exemplo, sendo assim uma demonstração de evolução, isto é, de mudança. Contudo, nem sempre a razão e a tecnologia são benéficas e classificadas como progresso. Para demonstrar tal situação tem-se a utilização da ciência para criar bombas atômicas que possuem o potencial de destruir grande parte do planeta e da humanidade, como apontado pela personagem Sônia no filme “O Ponto de Mutação”.
Subjacente a tal ideia de que evolução nem sempre é sinônimo de progresso tem-se as relações entre uma perspectiva mecanicista e o meio ambiente. Diante de tal perspectiva em que a natureza é um instrumento do homem para que ele tenha conforto, vê-se muitas vezes a destruição do planeta. Como exemplo disso tem-se relações capitalistas em que indústrias desmatam e poluem de maneira excessiva visando apenas o lucro, ou seja, evoluem uma vez que colocam no mercado diversas inovações mas não progridem, sendo isso um grande exemplo do individualismo e egocentrismo humano, indiretamente relacionados a perspectiva antropocêntrica.
Em suma, devido ao pensamento antropocêntrico o qual colocou o pensamento dos homens como o mais relevante e determinante para a explicação e o entendimento do mundo nota-se que o ser humano, muitas vezes dominado por seu individualismo, utiliza a natureza da maneira que lhe for conveniente, sem se preocupar com a sustentabilidade. Dessa maneira, a perspectiva mecanicista torna-se um exemplo da má relação dos indivíduos com o planeta, uma vez que a destruição dele é muito recorrente no mundo moderno, demonstrando, portanto, que evolução não é sinônimo de progresso.
Mariana Antonietto Alvares Cruz - 1º ano Direito matutino
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