O domínio das ciências é fundamentado
principalmente no pensamento cartesiano e baconiano, ou seja, isolar para
entender, pensar o mundo como uma máquina, como algo a se fazer uso o qual pode
ser separado em peças. Em decorrência disso, desenvolve-se uma sociedade com
alto nível de especificação, e junto dela suas consequências.
Criar uma sociedade hiper
especializada suprime a interdisciplinaridade e desenvolve barreiras na
compreensão de novas perspectivas. É através da interdisciplinaridade que se alcança
maior abrangência conceitual que permite transitar para além dos espaços acadêmicos,
além de instruir o indivíduo a “aprender a aprender”, para que se posicione de forma crítica diante das
informações, sociedade e do mundo.
O filme “Ponto de Mutação”
do diretor Bernt Capra apresenta a teoria dos sistemas, que contesta os princípios apresentados por
Bacon e Descartes. Entretanto, não se pode afirmar que as teorias de ambos são
falhas, mas que a perspectiva cartesiana se esgota, pois possui limitações próprias
que só podem ser superadas por uma nova perspectiva de pensamento. De acordo
com a obra “O pensar complexo: Edgar Morin e a crise da modernidade”
de Elimar
Pinheiro do Nascimento “O problema não é reduzir nem separar, mas
diferenciar e juntar. O problema chave é de um pensamento que una”, nesse caso,
o novo ao velho, a razão mecânica ao sistema e a contextualização.
Portanto, é indispensável que haja uma reforma de
pensamento pois ela é capaz de oferecer um pensamento mais orgânico, assim como
afirma a personagem Sonia, além de compreender as conexões e não apenas o
problema individualmente consequentemente estabelecendo uma ciência que escapa da
zona de conforto e de processos pré-estabelecidos que são reproduzidos e nunca
questionados.
Vitoria Talarico de
Aguiar – 1º ano diurno
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