A
coercividade do fato social
Emilé
Durkheim é um grande ícone dentro da sociologia, haja vista a importância de
sua contribuição dentro desse campo de estudo.
Um
dos pontos de maior relevância dentro de sua teoria é o fato social. Para ele,
este se configura por ser “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de
explicação sobre o individuo uma coerção exterior”. Ou seja, se trata da
coerção da sociedade sobre o individuo. Essa coerção do fato social pode ser
identificada e sentida quase palpavelmente na medida em que tenta-se romper com
ele.
Um
grande exemplo para ilustrar a questão é o filme “natureza selvagem” de Sean
Pean. Este relata a história de Christopher, (que no momento áureo de sua vida,
onde saindo do ensino médio, possuía notas suficientemente altas para cursar
universidades de melhor gabarito acadêmico, e com a verba necessária para
realizar tal empreitada), decide mudar drasticamente o rumo para que sua vida
caminha.
Ele
doa toda a verba acumulada ao longo de sua vida para uma instituição de
caridade, abandona o local onde até então morava, destrói todos os documentos
que o identificam perante a sociedade, tal como carteira de habilitação e
identidade, além de cortar qualquer espécie de contato com seus familiares ou
seu círculo de amizades.
Ao
escolher essa nova guinada para a vida, ele tenta abdicar desse padrão social
capitalista, a partir do questionamento. Entretanto, como é possível analisar
diante da foto acima, ele apesar de “romper” com sua vida anterior, não
consegue eliminar os traços da sociedade sobre si mesmo.
Assim,
mesmo não estando mais inserido na sociedade, ele ainda leva consigo objetos
que demonstram o controle da mesma sobre ele. Ele ainda carrega os talheres
para se alimentar, utiliza roupas, mantem se comunicando com o mesmo idioma.
Pela perspectiva Durkheiminiana isto facilmente se justifica. Mesmo sem
perceber, apesar de se afastar dos atos cotidianos de sua vida, ele não
consegue romper com o fato social, que é, por exemplo, o idioma, a utilização
de vestimenta ou o uso de talheres.
Ana Paula De Mari Pereira 1º Direito (diurno)
Nenhum comentário:
Postar um comentário