“A
terra é plana,” “vacinas provocam autismo” e mais atualmente “é só uma
gripezinha.” Essas são algumas frases que tem circulado pelos lábios dos
brasileiros, e elas -além de tantas outras- tem colocado em cheque a credibilidade
da ciência e de seus métodos.
Em um
primeiro momento, eram grupos isolados e sem voz que proclamavam essas máximas,
mas atualmente alguns desses grupos tem ganhando espaço de fala na sociedade e dessa
forma geram incontáveis problemas de grande abrangência, como o retorno de
doenças já consideradas erradicadas, isso devido muitos estarem se recusando receber
as vacinações.
Com a ascensão
da pandemia causada pelo COVID-19, o novo coronavírus, esse problema da
incredulidade na ciência tornou a ser um problema, no Brasil, por exemplo,
grande parte da população, incluindo o presidente da república, acredita que
essa patologia não é senão uma “gripezinha,” apesar dos altíssimos números de
mortes provocadas ao redor do mundo, o que faz com que muitos não cumpram o distanciamento
social de forma adequada, aumentando dessa forma a possibilidade de uma
catástrofe. Além disso, ainda vem sendo proposto pelo governo federal uma
alternativa à quarentena, o “lockdown vertical,” o qual se trata do
isolamento exclusivamente dos grupos que podem ser mais afetados pelo doença,
todavia esse modelo, como lembra o biólogo Dr, Átila Iamarino no programa roda
viva, apresentado na TV Cultura no dia 30/03/2020, este modelo nem deveria
estar em discussão, pois não se trata de um modelo científico e legitimado pela
ciência.
E
assim se encerra a segunda década do terceiro milênio, clamando socorro ao século
XVIII, pedindo que as luzes que outrora iluminaram o ocidente reapareçam e não
mais prevaleçam as trevas que perseguiram cientistas como Galileu Galilei,
Giordano Bruno e tantos outros que buscaram o verdadeiro conhecimento.
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