Com o avanço
mundial da pandemia do COVID-19, cientistas de todo o mundo estão realizando
pesquisas para buscar uma cura para a nova doença e, assim, diminuir os casos e
os óbitos. Entretanto, uma vez que se trata de um vírus recente, apenas alguns
tratamentos experimentais foram realizados, ou seja, além do isolamento social,
nenhum medicamento foi recomendado pelas instituições de saúde. Dentro desse
cenário, a ciência e seu método para a obtenção de conhecimento estão sendo
questionados por diversos indivíduos, incluindo representantes políticos de
alguns países.
O
uso de cloroquina ou hidroxicloroquina, substancias utilizadas para o combate
de malária e lúpus, para o tratamento de pacientes com COVID-19, por exemplo,
mesmo que não tenha recomendações cientificas, está sendo defendido por
indivíduos que questionam a veracidade da ciência. A maior preocupação dos
especialistas com a utilização dessas drogas é uma automedicação e um uso
indiscriminado sem um mapeamento prévio das consequências para a saúde.
Além
disso, a polarização política e econômica colaboram para que a ciência seja
questionada durante esse período de pandemia. Os presidentes dos Estados Unidos
e do Brasil, questionadores da ciência, se posicionaram a favor do uso da
cloroquina para o tratamento de doentes e até aumentaram a importação da
principal substancia para a produção da droga. Por se tratarem de grandes
líderes políticos, a manipulação em massa para o consumo do medicamento
torna-se um problema efetivo.
Desse modo,
pode-se afirmar que esse exemplo é uma demonstração clara dos malefícios que o
negacionismo cientifico do século XXI causa em uma sociedade. No caso
apresentado, o não seguimento das recomendações cientificas coloca em risco a
vida de milhares de indivíduos que questionarão a eficiência da ciência e
utilizarão as drogas sem um acompanhamento profissional.
Júlia Alves Bensi – 1º Ano
Direito Matutino
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