A atual situação
pela qual o mundo passa oferece uma oportunidade de analisarmos com melhor
precisão a importância da valorização de métodos científicos.
Ao se espalhar de
Wuhan para o resto do globo, o já conhecido covid-19 se mostrava um patógeno de
fácil alastramento, mas seus efeitos em grande escala e demais questões acerca
ainda eram incertas. Passados cerca de 5 meses do primeiro caso datado em 1 de dezembro
de 2019, nos encontramos em estado quarentena total em todo o mundo devido ao
grande poder de transmissão do vírus, somado à negligência governamental de vários
chefes de Estado. É claro que não se pode culpabilizar totalmente estes, que
têm em suas mãos um assunto de extrema delicadeza, considerando a insuficiência
de informações presentes há algumas semanas (senão até hoje).
Contudo, as instituição de um estado
pandêmico pela OMS, somada a várias declarações de profissionais e
especialistas foram claros sinais aos governantes de que o Coronavírus é muito
mais do que uma simples gripe. A esse ponto, ignorar a obrigação de isolamento passava
de imperícia para negligência. O que se prova ao serem analisados países que tiveram
diferentes diretrizes a partir do mesmo problema. Tomemos como exemplo Itália e
Nova Zelândia.
Um dos primeiros
países contaminados pela doença, a Itália planejou, em meados de fevereiro, medidas
para a diminuição do alarmismo causado principalmente pela mídia, o que demonstrava
clara desatenção aos reais riscos da chegada desse infortuno visitante viral.
Atualmente o país é o segundo em que mais morrem pessoas devido a isso, atrás
apenas dos Estados Unidos – que proporcionalmente ainda tem menor número de
casos fatais do que os italianos.
Enquanto isso, a Nova
Zelândia tem sido identificada em manchetes que exemplificam eficiência e
prudência no enfrentamento desse contratempo. A rigidez no cumprimento do
estado de quarentena, a cuidadosa seleção de visitantes estrangeiros e o
fechamento de TODOS os serviços não essenciais garante aos neozelandeses a taxa
de contágio 0.02%, tendo pouco mais de 1.000 casos confirmados e menos de 20
mortes.
A manifestações dos
agentes de saúde e demais profissionais infectologistas foram, e continuam
sendo as mais confiáveis fontes de informação e auxílio para ações tomadas para
o atual problema enfrentado pelo mundo todo. Não há espaço para especulações e
achismos baratos, como já foi provado pela falha da Itália e o sucesso da Nova
Zelândia.
Gabriel Nogueira - noturno
Gabriel Nogueira - noturno
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