O capitalismo, na sociedade atual, encontra-se em
um avançado estágio de apropriação do fruto do trabalho, momento de
prosperidade diante das relações em escala global da qual exerce. Segundo o
sociólogo Karl Marx, o combate entre oprimido e opressor sempre estive presente
em qualquer sociedade, porém, o capitalismo e a burguesia fizeram com que essa
disputa fosse aprofundada. Tal forma de exploração das forças produtivas pode
ser vista explicitamente nas condições trabalhistas, por exemplo, a que os bolivianos,
na cidade de São Paulo, são submetidos.
De acordo com o Código Penal Brasileiro, trabalho
forçado, jornada exaustiva, condições degradantes de trabalho ou restrições à
locomoção por dívida, são caracterizáveis como atividade “análoga à escravidão”.
Situações como essas são frequentes no mercado da costura na cidade paulista,
realizado por esses imigrantes, os quais recebem quantias miseráveis por peças
de roupas que futuramente serão vendidas a preços exacerbados em grifes. Tal
esquema lucrativo representa o principal mecanismo de exploração da classe
trabalhadora, a Mais-Valia, e segundo Friedrich Engels é “a soma de valor de
onde provém a massa cada vez maior do capital acumulado em mãos das classes
possuidoras”.
Há a concepção de que com a libertação das forças produtivas
haveria a extensão a todos dos benefícios da modernidade, e não apenas de uma
classe exclusiva. Porém, para isso, haveria a necessidade do empenho para a
racionalização dos explorados, o que se apresenta como uma alternativa ilusória
diante das fortes amarras e sistemas lucrativos do sistema capitalista vigente.
Isadora Mantovani Semedo – Turma XXXV- Diurno
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