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segunda-feira, 16 de abril de 2018

Exploração exemplificada


O capitalismo, na sociedade atual, encontra-se em um avançado estágio de apropriação do fruto do trabalho, momento de prosperidade diante das relações em escala global da qual exerce. Segundo o sociólogo Karl Marx, o combate entre oprimido e opressor sempre estive presente em qualquer sociedade, porém, o capitalismo e a burguesia fizeram com que essa disputa fosse aprofundada. Tal forma de exploração das forças produtivas pode ser vista explicitamente nas condições trabalhistas, por exemplo, a que os bolivianos, na cidade de São Paulo, são submetidos.
De acordo com o Código Penal Brasileiro, trabalho forçado, jornada exaustiva, condições degradantes de trabalho ou restrições à locomoção por dívida, são caracterizáveis como atividade “análoga à escravidão”. Situações como essas são frequentes no mercado da costura na cidade paulista, realizado por esses imigrantes, os quais recebem quantias miseráveis por peças de roupas que futuramente serão vendidas a preços exacerbados em grifes. Tal esquema lucrativo representa o principal mecanismo de exploração da classe trabalhadora, a Mais-Valia, e segundo Friedrich Engels é “a soma de valor de onde provém a massa cada vez maior do capital acumulado em mãos das classes possuidoras”.
Há a concepção de que com a libertação das forças produtivas haveria a extensão a todos dos benefícios da modernidade, e não apenas de uma classe exclusiva. Porém, para isso, haveria a necessidade do empenho para a racionalização dos explorados, o que se apresenta como uma alternativa ilusória diante das fortes amarras e sistemas lucrativos do sistema capitalista vigente.

Isadora Mantovani Semedo – Turma XXXV- Diurno

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