O socialismo idealizado por Karl Marx e Friedrich Engels é um
sistema econômico que viria a substituir o capitalismo, que consiste em ser um
sistema onde o capital se faz mais importantes frente aos problemas sociais e
onde a luta de classes é constante, visto que nesse regime, os proletariados,
que são os que trabalham de fato, não lucram e os burgueses, donos do meio de
produção, lucram excessivamente sem realmente trabalharem, fazendo uso de uma
ferramenta que é considerada o segredo da produção capitalista e o principal
mecanismo de exploração da classe trabalhadora: a mais-valia.
Estes grandes pensadores criticam a filosofia tradicional,
na qual o conhecimento é produzido a partir de mera especulação, e defendem o
materialismo dialético, afirmando que o socialismo ocorre a partir de uma
interpretação cientifica da realidade, propondo, assim, que o foco esteja na
raiz dos problemas, saindo, portanto, da superficialidade das ideias.
Para Marx, a
dialética de Hegel também se mostrava puramente idealista, afinal, em sua visão,
o Estado Moderno de Hegel se equivale a religião e, na sua teoria, a religião
serve apenas para compensar as insuficiências da realidade, se portando, então,
como um falseamento da realidade. Em sua obra “Introdução
a Crítica da Filosofia do Direito de
Hegel”, Karl descreve a religião como o ópio do povo, deixando bem
claro seu posicionamento frente a esse assunto e assumindo que a abolição desta
acabaria com a ilusão do povo e colaboraria na busca da felicidade real dos
homens.
Em relação ao
Direito, Marx afirma que o Direito é a síntese de um processo dialético de
conflito de interesses entre as classes sociais, ou seja, é a síntese da luta
de classes e, Karl, assume que este produz efetiva desigualdade, já que nasce
da ideologia da classe dominante, que acaba o moldando para os seus próprios benefícios,
fazendo com que haja uma forte influência nas relações sociais e garantindo que
a dominação econômica de poucos sobre muitos seja legítima.
É importante
ressaltar que a dialética também se faz necessária para a transformação do
Direito, e essa transformação advém em sua maioria a partir das manifestações
sociais e com a mobilização do Direito. Atualmente, muitas manifestações
sociais vêm se fazendo presente, justamente com o propósito de garantir através
do Direito que os oprimidos passem a ter igualdade e representatividade.
Ariadine Batista Teixeira , Direito matutino
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