A
ideia de funcionalismo, segundo Émile Durkheim, é a de que cada indivíduo
possui uma função social no todo. Assim, a função do fato social, é de manter a
coesão e o equilíbrio social ao garantir que cada um cumpra seus diversos
papeis, funções sociais, através das características próprias que o fato social
apresenta: a exterioridade em relação ao indivíduo, existindo o fato social
desde antes do seu nascimento; a generalidade, atingindo à todos e não apenas pessoas
em particular; e a coercibilidade, os diversos valores e hábitos que são
imputados ao indivíduo pela sociedade, sejam através da educação, da mídia etc.
Papeis que podem ser de pai, esposa, filho, cidadão, empregado, patrão,
consumidor.
Ainda,
Durkheim defende que a sociedade possui uma consciência coletiva, que não é
formada pela soma das consciências individuais, mas pelos valores morais,
tradicionais e pelos costumes de uma sociedade. O ser coletivo seria formado
pelos diversos órgãos, células, papeis sociais. Sofreria mutações,
transformações, para se adaptar em nome da causa eficiente, a de manter o
equilíbrio e a coesão sem, no entanto, alterar a aparência exterior. Qualquer
desregramento nas células sociais poderia comprometer o todo. Nesse sentido, temos
as sanções punitivas, por exemplo, que vão além do crime e objetivam a
manutenção da ordem social, apascentando os ânimos e evitando uma anomia.
Buscando uma aplicabilidade na realidade, a busca por meios para uma maior inserção dos homossexuais na sociedade, uma
questão muito em voga nos últimos anos, seria uma mutação do ser sociedade, que
tem como causa eficiente reequilibrar-se socialmente, manter a coesão.
Evidentemente que entram em choque aí diversos fatos sociais. Entretanto, para Durkheim,
esse fenômeno seria necessário para a manutenção vital do ser coletivo. O que esse
ser quer de nós é que cumpramos nosso papel social.
Lucas Camilo Lelis
1º ano - Direito Diurno
Introdução à Sociologia - Aula 6
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