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domingo, 21 de junho de 2015

Equilíbrio Social

"As flores do campo e as paisagens, advertiu, têm um grave defeito: são gratuitas. O amor à natureza não estimula a atividade de nenhuma fábrica. Decidiu-se que era preciso aboli-lo, pelo menos nas classes baixas; abolir o amor à natureza, mas não a tendência a consumir transporte. ” - Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley

Émile Durkheim afirma em sua obra que a sociedade não se organiza de modo a garantir a felicidade dos indivíduos, mas sim, para manter a si própria em equilíbrio. 
Partindo dessa premissa, o pensamento do referido autor converge com a abordagem crítica associada com a definição do que é direito. Marx e Engels defendiam que o direito moderno nada mais é, do que um instrumento de dominação, aplicado de forma a garantir a preservação dos privilégios daqueles que detém o poder econômico social.
 De fato, não somente o direito, mas muitas outras instituições são hodiernamente usadas visando a manutenção desse status quo. Um exemplo disso, se encontra na política brasileira. Durante o processo de redemocratização do país, surge o pemedebismo, um instrumento de blindagem que utiliza, dentre outras táticas, a alienação midiática. Esta, cria no imaginário popular que construção de um país mais justo e igual para todos é prioridade e está em curso, quando não há, verdadeiramente, interesse político em prol desse tópico.
Outro exemplo, são as propagandas que incentivam o consumo como fonte de felicidade e, também, como forma de pertencimento a um determinado grupo social. Assim, está modernamente incutido na consciência coletiva a necessidade se vestir conforme os ditames da moda, trocar de celular a cada ano para não se apresentar publicamente com um que já esteja obsoleto, etc. “Sessenta e duas mil repetições fazem uma verdade[...] Cremos nas coisas porque somos condicionados a crer nelas.”  (Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley)
     Tudo isso, gira a engrenagem social-mercantil que, em última instância, mantém “equilibrada” a sociedade.



Juliana Previato-  1º ano direito noturno.


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