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domingo, 21 de junho de 2015

O poder do coletivo

   O Funcionalismo é uma corrente que explica a função de cada parte da sociedade em relação ao seu todo e ao equilíbrio social, sendo Durkheim considerado um de seus fundadores. Tal pensador dá grande ênfase aos fatos sociais em seu estudo, e é por meio desses que explica a ação coletiva e individual como consequência de outros acontecimentos sociais como o governo, por exemplo. 
   Nesse sentido, explica que os fatos sociais possuem uma força maior do que a nossa vontade de que eles existam. É preciso que forças capazes de criar todo um contexto para a existência deles precedam a nossa vontade. O próprio Durkheim admite a extrema imaterialidade do fato social, uma vez que parecem ser apenas combinações mentais. Daí a necessidade de um exemplo: para que um político consiga convencer toda uma massa da veracidade de seus ideias, é preciso que tal população esteja em uma situação em que necessite de amparo, assim como Hitler conseguiu convencer parte da população alemã de suas idéias, uma vez que aquela se encontrava humilhada frente às imposições exigidas após o fim da Primeira Guerra Mundial. Foi necessário um contexto (população alemã humilhada), uma força do fato social maior do que a vontade de um ser humano(Hitler) para que tal situação(O Holocausto) acontecesse.  É preciso ir mais além das causa e efeitos do fato social, até se encontrar um ponto em que a ação do homem possa ser inserida.
    Porém, é preciso ressaltar que as necessidades e desejos do homem, de acordo com a intensidade com que influenciam as condições de que dependem um fato, podem sim apressar ou desacelerar o desenvolvimento daquele.
    Durkheim dá grande ênfase à importância do coletivo e da necessidade do organismo coletivo frente às necessidades individuais. Os progressos da divisão do trabalho social são resultados da necessidade de adaptar-se em busca da sobrevivência geral. Porém é preciso ressalvar que nenhuma modificação da divisão do trabalho aconteceria se as diferenças individuais já não fossem grande demais.


Sofia de Almeida Antunes
1° ano - Direito noturno

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