Émile
Durkheim, francês nascido na segunda metade do século XIX, foi um grande contribuidor
para a Sociologia, sendo influenciado pelos positivistas Comte e Spencer. Uma
de suas principais contribuições é a teoria sobre o funcionalismo, conceito que
busca a explicação dos fenômenos sociais, considerando cada indivíduo com um
papel essencial para o funcionamento da sociedade.
Os fenômenos sociais - maneiras de agir,
costumes e situações vivenciados em determinadas sociedades são, para Durkheim,
frutos da causa eficiente, que seria o propósito do indivíduo em seu grupo.
Após a análise da causa eficiente, investiga-se a utilidade social.
A
função ou utilidade social pode ser exemplificada pela divisão do trabalho, em
que há a necessidade de especializar-se as tarefas dos indivíduos, de modo a
obter uma maior produção pela demanda de uma sociedade maior e mais complexa.
Foi o que teorizou Henry Ford no começo dos anos 90, com o Fordismo, sistema de
produção em massa que concretizou a teoria durkheimiana.
Um dos
tópicos mais importantes do funcionalismo de Durkheim é a existência de uma
consciência coletiva, que não seria as consciências individuais juntas, mas uma
consciência única formada pelo grupo como um todo. O indivíduo teria, em sua
visão, uma forma de agir e pensar que ele a consideraria como individual, mas
que resulta, na verdade, da organização coletiva.
Dessa
falta de individualidade humana é que derivam as principais críticas a
Durkheim. O homem, apesar de influenciado pelo meio, de ser integrante da
sociedade, possui particularidades que não devem ser ignoradas. Apesar da
função exercida por dois indivíduos em uma mesma sociedade ser a mesma, cada um
apresenta singularidades que os diferem e merecem ser reconhecidas.
Letícia Solia
1º ano - Direito diurno
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