A grande discussão sobre cotas raciais nas universidades públicas
aborda polêmicas com difíceis, se não praticamente impossíveis,
respostas conciliadoras. Isto porque a grande dúvida de sua
funcionalidade consta no ato de distinguir falta de oportunidade
diante de renda econômica e racismo.
Pesquisas reuniram a parcela desfavorecida dos brancos e dos negros,
determinando a quantidade que começa a trabalhar antes dos 18, que
possuem carteiras assinadas, quantos terminam a escola e etc. Assim,
comprovam que tais parcelas são muito próximas entre si. Assim, não
seria a cor de pele que impediria as pessoas de alcançarem o nível
superior em instituições públicas, mas a péssima qualidade de
escolas que os pobres brasileiros, independente da melanina,
frequentam. Cotas raciais não fariam sentido, mas sim a pobreza.
Embora apenas medida paliativa, uma vez que um jovem não possa
esperar medidas de lento efeito, as cotas devem ser muito bem
pensadas como uma solução ou não para o racismo. Se o objetivo
dela é integrá-los a sociedade e, junto a isso, combater o
preconceito, seria justo também incluir cotas aos homossexuais,
transexuais e etc? Há quem de aval positivo ou negativo. O
interessante é não deixar que uma medida para ajustar os
desfortunados favoreça apenas os menos necessitados desses
desfortunados.
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