A princípio o suicídio aparenta ter causa individual, mas é
possível analisa-lo como fato social.
Para o sociólogo francês Émile Durkheim, para analisar os fatos sociais de
forma objetiva é necessário o
tratamento desse fato como coisa, ou seja, é necessário que não haja pré-noções, preconceitos e subjetividades.
Dessa forma é possível analisar um fato social de forma acurada.
Para Durkheim o suicídio pode ser entendido como fato social
porque, assim como outros fatos sociais,
o suicídio existe independentemente da vontade de um indivíduo, e é causado
por outros fatos sociais;
como leis, coerção e isolamento social.
Existem várias causas
para o suicídio:
Uma delas é o suicídio egoísta, ele pode ser visto como um
problema na socialização do indivíduo;
quando a pessoa não tem laços fortes com grupos sociais, ou os laços foram cortados.
Um exemplo disso é quando
uma pessoa se divorcia e devido aos laços cortados e isolamento, tira a própria vida.
Há também o suicídio altruísta, onde os laços do indivíduo com o coletivo
são tão fortes que a pessoa escolhe
sacrificar a própria vida, em pró de sua causa. Exemplos disso são os kamikazes japoneses durante a Segunda
Guerra Mundial, e também os homens bomba muçulmanos.
Outra forma de suicídio é
o anômico, ele se caracteriza
pelas drásticas mudanças
na sociedade, onde as normas
anteriores foram perdidas e há um certo caos social.
O indivíduo se vê
desamparado diante da nova situação se mata. Exemplos disso podem ser os
suicídios cometidos pela quebra
da bolsa de Nova York, onde muitos perderam suas fortunas.
Suicídio fatalístico é outro tipo de suicídio,
ele ocorre pelo excesso de regulação da sociedade e sua natureza opressiva de coerção,
onde a pessoa não vê saída e acaba se matando. Um exemplo clássico é o suicídio de escravos. Pode-se também
classificar o suicídio de pessoas trans
nessa categoria, pois não atendendo as expectativas de gênero da sociedade, e
sem perfectiva de mudança acabam
tirando suas vidas.
Como foi visto é possível classificar o suicídio como fato
social, pois carrega consigo o princípio
da generalidade, ou seja, acontece em todas épocas independente de culturas. Também a exterioridade, relação em que o
homem constrói com sua coletividade independente
de construção individual própria. E por último a coercitividade, a imposição da sociedade em nossa conduta.
Guilherme Ducca Mello
1º ano de Direito -
Noturno
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