“Ao meu passado
Eu devo o meu saber e a minha ignorância
As minhas necessidades, as minhas relações
A minha cultura e o meu corpo
Que espaço o meu passado deixa para a minha liberdade hoje?
Não sou escrava dele”
Eu vim pra te mostrar a força que eu tenho guardada
Mesmo nesse sistema opressor
De igualdade social limitada
Que anseia pelo próximo sucessor
Eu vim pra te mostrar a floresta queimar
O grito do preto abafar
A mulher por ajuda clamar
O indígena perder o seu lar
É o jeitinho brasileiro
De aprisionar suas minorias e dividir suas diferenças
Que tanto deveriam ser motivo de união
É o jeitinho brasileiro
De ativar o modo sobrevivência e seguir entre si as desavenças
Que se mantêm em um imenso ciclo de escuridão
“Meu caminho é novo, mas meu povo não
Meu coração de fogo vem do coração do meu país”
(Releitura: Amarelo, azul e branco - ANAVITÓRIA; Rita Lee)
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