Analisando a obra de Olavo de Carvalho o Imbecil
coletivo, podemos constatar uma postura tendenciosa ao conservadorismo, na
tentativa de desmoralizar as mudanças sociais ocorridas nas últimas décadas, e
até nos últimos séculos, quanto cita a escravidão. Diz como se tudo que
evoluiu, se modificou na sociedade atual não deve ser vista com “bons olhos”.
No conceito da ciência moderna baseada no
positivismo busca taxar nossa sociedade em um “imbecil coletivo” (nome da obra
em analise), buscando fortalecer sua ideologia muita clara ao conservadorismo,
descartando muitas conquistas sociais positivas por classes menos favorecidas,
ou nunca favorecidas. Tendo em sua visão, relatada na obra, que nada possamos
argumentar em pontos benéficos nessas conquistas que trouxeram no sentido
evolutivo a sociedade, nos preocupando mais com o coletivo do que com o
interesse individual, quase nunca citados pelo filosofo. Muitas de suas frases
vão contra o que a própria sociedade demostra; que podemos sim ter
diferentes opções, tanto no âmbito político, afetivo, ideológico, profissional.
Não pelo fato de não termos opções conservadoras de sermos “deficientes”.
Nosso momento como sociedade, principalmente na
visão política, nos traz uma perspectiva de um futuro obscuro pelas ideologias
das quais somos governados hoje, pois aqueles que pregam o progresso e até
mesmo a tão famigerada ordem, buscam em um passado falho e sombrio, atitudes
que mancharam nossa história de liberdade e democracia. Disfarçando uma
tentativa de opressão ideológica, que podemos dizer que já ocorre em nosso
governo, como compactuar com pensadores como este, que pregam o
conservadorismo, mais na verdade buscam defender seus desejos individuais, em
detrimento dos direitos coletivos, excluindo dos debates e reflexões o clamor
de uma sociedade que luta pela sua liberdade. Com o discurso de nos “libertar”,
nos prendem em suas convicções ideológicas, e massacram as nossa conquistas e
direitos, com discursos e condutas ditatoriais, as mascarando no
conservadorismo, nos induzindo há servidão eterna.
André Gomes Quintino – Direito Noturno
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