O positivismo,
doutrina científica e industrial que tem por propósito desenvolver o progresso
da sociedade, surgiu em um momento de transições e revoluções na Europa. Comte,
autor positivista, via o conhecimento como um agente em construção, no qual há três
estágios: o teológico, metafísico e o positivo. Este último seria o clímax
social, os conhecimentos sobre o mundo seriam elaboradas através do método
científico. Para o autor, o positivismo tende para a ideia de que o
conhecimento verdadeiro é capaz de ser alcançado através da experimentação e
observação científica. Sendo assim, o alcance do conhecimento geria um
desenvolvimento científico encarregado por gerar estabelecer o vislumbrado
progresso comtiano.
Olavo de Carvalho e
Comte pensam de forma pragmática quanto a resolver problemas sociais, para
este, todas e quaisquer reestruturação na base da sociedade são resultados de
uma má organização e, por isso, precisam ser entendidas como entraves a serem
exterminados.
Olavo de Carvalho em
seu livro “O Imbecil Coletivo” alega sob o ponto de vista do fator biológico, a
heteronormatividade é a única opção que proporciona a perpetuação da espécie e
que, a homossexualidade, não careceria de normalização, pois não é uma amostra
“útil” biologicamente falando. O discurso de Olavo, do ponto de vista biológico
e positivista, é passível de certo significado, no entanto, se analisarmos essa
temática do ponto de vista puramente biológica, estaremos atacando diversos direitos
individuais e pessoais conquistados ao longo da história da humanidade.
Então, é possível
concluir que para a visão positivista, a sociedade modelo seria aquela na qual
persiste a ordem e o progresso (vide nossa bandeira nacional), ou seja, uma
ordem em que cada cidadão cumpra seu papel na sociedade, e que estes procedam
para garantir seu espaço dentro da coletividade, e assim gerar o
desenvolvimento científico e industrial. A sociedade, feita por conjuntos de
humanos, voláteis e flexíveis, não se enquadra dentro da ordem positivista e
estática. Além disso, nossa sociedade não é una, há várias sociedades com
costumes que são desconhecidos para nós. Solidificar as relações exige o pensamento positivista,
que se sustenta no ato dos deveres com base na experiência e, portanto, em uma
forma de conservar a ordem e o progresso da civilização.
Akysa Santana - XXXV Noturno
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