Olavo
de Carvalho, no capítulo “mentiras gays” do livro “O imbecil coletivo”, ataca os
argumentos usados pelos defensores das causas LGBTQ+ para conseguir direitos
especiais que os colocariam em vantagem sobre as demais pessoas. A análise do
filósofo é feita a partir de uma observação de fatos da sociedade e de conhecimentos
científicos buscando conexões entre eles sem aprofundar-se em suas causas.
Dessa forma o pensamento é formulado de maneira que se aproxima muito do
positivismo de Comte, onde o mais importante é estabelecer relações de sucessão
e similitude entre fenômenos, sem preocupação com causas geradoras.
Pode-se
compreender melhor esse pensamento ao partir de uma visão conservadora, que é
muito presente na sociedade brasileira, baseada na moral religiosa
principalmente de origem católica ou protestante. A homossexualidade foi
reprimida dentro dessa cultura durante séculos por ser taxada como pecado. Dessa
maneira quando gays pedem por direitos essas pessoas sentem-se extremamente
ofendidas, afinal por que um homossexual há de ter mais direitos do que o
cidadão heterossexual seguidor da moral e dos bons costumes.
Partindo
dessa perspectiva, fundamenta-se o argumento de que a heterossexualidade deve
ser considerada como padrão de normalidade por se tratar da única forma de
sexualidade que pode levar a perpetuação da espécie. Portanto os homossexuais
não tem legitimidade para reivindicar nada, pois são eles que escolheram uma opção
fora da “normalidade” e devem enfrentar as consequências disso.
Analisando
essa linha de pensamento, que tem por principal característica uma visão
particular de mundo que não se preocupa em ir afundo no assunto, mas sim buscar
soluções práticas para um assunto muito presente no cotidiano, conclui-se que a
reivindicação por direitos LGBTQ+ é fundamentada em mentiras. É incompreensível
que essas pessoas que não seguem a “regra” da sociedade queiram exigir um “tratamento
especial” por esse motivo.
Gustavo Dias Polini - Direito Noturno
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