O pensador René Descartes é um dos
precursores da ciência moderna, uma vez que propõe que o mundo seja visto e
pensado de forma racional, em um período que predominava o pensamento mítico
religioso. Assim provocou uma revolução na maneira de encarar a realidade, sem
utilizar-se da força, dando ao homem maior poder e autonomia. Essa revolução
intelectual é fruto da necessidade burguesa de alterar a mentalidade mitológica
vigente, através de patrocínio a pensadores, filósofos e artistas estimulou a
reflexão e a produção de conhecimento.
Todavia quatro séculos depois, a
reflexão racional acerca das informações ainda não se transformou em um hábito.
Sofremos um momento de desvalorização da produção do pensamento, no qual cursos
como filosofia e sociologia são deixados de lado e tidos como inúteis. Deste modo
formou-se uma sociedade alienada que se resume em apenas ser consumidora de
informações, característica acentuada com as mídias de comunicação como os
telejornais.
Essa desvalorização segue a
tendência geral das universidades brasileiras, de apenas inserir seus alunos no
mercado de trabalho, garantindo-lhes melhores salários. Assim está ocorrendo a
industrialização da ciência, sendo as pesquisas guiadas e patrocinadas pelas
grandes industrias, produzindo apenas o conteúdo que lhes é viável e útil,
ficando o conhecimento em prol da sociedade em segundo plano e sem recursos.
Leticia Garozi Fiuzo, 1º ano direito noturno
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