Os dois lados da judicialização
Segundo o jurista Luiz Roberto
Barroso a crise de representatividade é reflexo cada vez mais da omissão do
Legislativo e Executivo ao resolver questões políticas cruciais à sociedade fazendo
do poder judiciário o protagonista na efetivação de direitos que gradativamente
necessitam de novas visões. Trata-se do fenômeno da judicialização, que embora
acarrete benefícios na busca pela justiça promove o desequilíbrio no sistema de
tripartição dos poderes ocasionando, deste modo, o ativismo judicial no que
tange a interferência do judiciário nos dois outros poderes.
São fatos da conjuntura política que
embora coadjuvantes na crise de representatividade fornecem ao judiciário o
poder de suprir lacunas da lei. A exemplo disso encontra-se a grande discussão
sobre a implementação de cotas raciais em universidades, problemática levantada
pelo partido DEM e pelos ministros do STJ em 2012 sendo este um ativismo social
referente à promoção da inserção de uma ação social, isto é, a reparação de um
dano histórico àqueles que atualmente são prejudicados socialmente.
Portanto, a questão da
judicialização brasileira como fruto da crise de representatividade política,
embora desequilibre a ação do poder Executivo e Legislativo é de suma
importância na resolução de conflitos sociais que necessitam novos parâmetros.
Adriane Oliveira, 1º DN
Adriane Oliveira, 1º DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário