Durante todo o aprendizado educacional dado aos estudantes, pouco se vê sobre o Direito em geral. Pior ainda, o pouco que se vê se trata de um único ponto de vista. Nos é apresentado, sempre, o Direito natural. Afinal, todos os homens são iguais, nascidos da natureza. Só essa visão, no entanto, não nos deixa contemplar e entender completamente a complexidade do Direito em si. Para isso, precisamos partir de outra intepretação, proporcionada por Weber.
Por meio do Direito Formal, conseguimos entender, por exemplo, o sistema de cotas. A certo ponto, o Direito Natural nos diz: todos são iguais e merecem direitos iguais. Nessa interpretação, as cotas são uma extensão do preconceito e da desigualdade, já que generaliza os negros como necessários de ajuda para passar nos vestibulares. Agora, na visão do Direito Formal, os negros, histórica e socialmente, se tornaram desiguais e, racionalmente, um direito de compensação precisou ser criado. Assim, as cotas não são apenas justificáveis, mas plausíveis.
Em suma, o unilateralismo do pensamento atual leva a contradições no pensamento social. O povo, ao invés de compreender ações necessárias, são levados a uma ideia errada e mal formulada, vista apenas com um olho.
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