As
cotas raciais nas universidades públicas tem sido discutida por
todas as classes sociais. Enquanto uns se baseiam no critério de
reparação histórica, outros combatem essas politicas com a
supremacia da meritocracia. Segundo esses últimos, os lugares nas
melhores universidades devem ser ocupados pelo mérito, não por uma
simples questão racial.
Segundo
Weber, ao analisar a relação entre o direito natural e o direito
formal, com o tempo, alguns direitos antes garantidos apenas aos
nobres, classe mais privilegiada, passou a ser acessível a todos. No
caso das universidade públicas, também fechada a certos grupos,
aparecem as cotas como oportunidade, de um melhor acesso de toda a
população a esse bem. As classes desprestigiadas, despertam a cada
dia seu desejo por igualdades materiais e formais no direito. Com
essa demanda, surge uma classe oposta, que critica o surgimento de
direitos baseados em critérios sociais de justiça e dignidade
humana.
Weber
diz que o direito legítimo deve se basear num acordo racional, e que
caso o contrarie, perde a razão. Neste contexto, o direito de acesso
a universidade por meio das cotas, se torna legitimo, pois temos
consciência do déficit do ensino público e do descaso feito com
etnias no decorrer da história, sendo portanto racional que esses
grupos tenham políticas públicas para que seja resolvido a curto
prazo uma desigualdade. A longo prazo, no entanto, deve ser
estimulado uma melhora do sistema, para que tais políticas não se
façam mais necessárias.
Murilo Martins
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