God of War é
um jogo eletrônico, criado para a plataforma Playstation e PSP. É
mundialmente conhecido e foi um dos jogos mais vendidos do mundo quando
lançado. O protagonista é Kratos, que tem por seu objetivo principal a
vingança, ou seja, o seu desejo é matar os seus inimigos, um por um. Logo, a
cada inimigo que encontra, Kratos mata brutalmente, sem se arrepender de sua
violência.
Paralelamente a isso, abre-se uma
interpretação para o capítulo segundo da obra de Émile Durkheim, denominada “A divisão do Trabalho Social”. Nesse
capítulo, o sociólogo trata sobre um assunto, que infelizmente permeia a
sociedade atual: a consciência coletiva como característica da solidariedade
mecânica entre os indivíduos. Percebe-se que a última é, ainda, caracterizada
por uma passionalidade, ou seja, não há uma racionalidade sobre os crimes
cometidos num determinado lugar e numa determinada época. Eles são, portanto,
fruto de um instinto criado pela natureza humana.
Assim, adentrando a uma análise mais
profunda, uma situação de consciência coletiva ocorrida recentemente, foi o repúdio
com que alunos (se é que assim podem ser chamados) da Uniban trataram uma moça
que fora com um vestido considerado curto para freqüentar a faculdade. Ela foi
maciçamente chamada de prostituta, em seu sentido mais pejorativo e, por
conseguinte, tornou-se famosa pelo acontecimento infeliz. Nota-se, portanto,
que todos os que xingaram e humilharam Geisy Arruda, foram movidos por uma
solidariedade mecânica, e, desse modo, por uma passionalidade.
Agora, analisando a foto acima,
apesar de ser uma brincadeira, leva-se um ar de vontade, seja dos que gostam e
dos que não gostam de política, de que o governo deve ter seus integrantes
exterminados brutalmente, pelo personagem que representa muito para os gamers, o famoso “Deus da Guerra”. Daí,
fragmenta-se um pensamento: o de que o crime de matar e “limpar” o governo não
seria considerado um crime grave, exatamente porque a política tem, mesmo
atualmente, um aspecto “podre” que ninguém se importaria em executá-la (exemplo
de consciência coletiva baseada na passionalidade).
Além disso, nota-se que não só a
importância de interpretar os pensamentos de Durkheim, mas também é de extrema
importância a aplicação de seus conceitos na concepção atual do Direito Penal e
do Direito em si. Infelizmente, no que diz respeito à criticidade das pessoas
em relação à algo, é inevitável dizer que elas são cada vez mais atrasadas, na
medida em que o tempo passa e a política vai sendo esquecida e as consciências
coletivas se fortalecem mais e mais, dando espaço, quase que exclusivamente, à
passionalidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário