Max Weber falava que o investigador sempre terá
valores, entretanto
propõe que se distancie deles para realizar suas investigações. Uma visão que
se contrapõe a do materialismo, que fala da práxis que propõe que para conhecer
determinada realidade precisamos nos envolver com ela e a partir do momento que
nos envolvemos com ela somos transformados por ela também. Essa ação
transformadora pode ser exemplificada quando você escreve um livro você muda a
realidade de quem ler o seu livro e é
mudado durante o processo de confecção do romance.
Uma outra situação seria a de um julgamento o
qual, segundo Weber, os juízes não deveriam deixar seus valores , ou seja, sua experiência
pessoal interferir no caso e se distanciar o máximo possível para que as
investigações procedam. Todavia, no filme “Meu nome não é Johnny” temos um
brilhante exemplo de um caso de contestação da própria juíza se a ciência do
Direito seria uma ciência exata, onde deveríamos proceder com esse máximo de
distanciamento possível do réu, e sermos somente operadores do direito, que usa
de suas ferramentas (leis e doutrinas) para resolver todos os casos, será que
essa é realmente a função do Direito hoje? Ou então os juízes deveriam usar de
seu conhecimento adquirido ao longo de toda vida e tentar entender melhor o réu
( suas motivações e condições de vida) e também compreender com maior
profundidade a visão da acusação (toda a consequência causada pelo ato do réu
seja elas materiais ou não) e desse modo tomar uma decisão consciente que vise
acabar ou ao menos atenuar a exploração do homem?
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