A função da Sociologia, para Weber é
compreender o sentido da ação social, a qual não é determinada por um mecanismo
único e sim por uma rede complexa de mecanismos do indivíduo, que inclui
valores, cultura, emoção, razão, entre outros.
Dessa forma, ele cria uma metodologia
compreensivista, criticando o determinismo científico e o materialismo
dialético vulgar (generalizações), como se observa na seguinte passagem:
“jamais pode ser tarefa de uma ciência empírica proporcionar normas e ideais
obrigatórios dos quais se possa derivar ‘receitas’ para a prática”. Para
entender uma ação social deve-se levar em conta mais do que conceitos
pré-determinados, estereótipos e formulações genéricas, como a ideia de que as
forças econômicas são sempre as determinantes das ações. Sempre que a ciência
usa das generalizações, ela perpassa por caminhos mais práticos, mas que, ao
abstrair, dissolve as características mais singulares de um objeto.
O sociólogo classifica a ação social em 4
tipos: ação racional com relação a um objeto ou a um valor, ação afetiva ou
ação tradicional. Nota-se, portanto, que a ação não depende de apenas um fator,
mas de vários interligados entre si, ou seja, há uma pluralidade de
condicionamentos.
Para fazer sua análise, Weber também
busca a objetividade e, para isso, ele acredita que o investigador, que não é
neutro, deve se despir de valores próprios e analisar mediante valores do
próximo. Sua ferramenta metodológica é o confronto entre o tipo ideal, um
estereótipo, e os fatos, chegando a constatação de que ele não existe.
Seus estudos deveriam ser assimilados
pelos estudantes de direito, pois cada vez mais se tornam meros operadores do
direito, não conseguindo pensar além de categorias. Assim, a simples
aplicabilidade das leis não permite o vislumbramento da complexidade do ator
social, gerando problemas maiores não só para ele, mas como também para a
sociedade observada como um todo.
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