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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Black&White


Costumamos lembrar de tempos passados quando pensamos em filmes e fotos em branco e preto. Mas uma vez, pensando bem, acabei chegando à conclusão de que possivelmente essa "moda" voltará no futuro. Num futuro não muito distante. E não por opção nossa.
No entanto, a explicação para as imagens em preto e branco de antigamente é diferente da que eu atribuo para as do futuro. As antigas, como sabemos, assim são pela falta de tecnologia, à época, que fosse capaz de reproduzir as cores reais. Já as futuras... a questão é que a realidade a ser reproduzida, de fato já vai ser preta e branca. Nesse caso, o problema não é a tecnologia. Na verdade, talvez seja o excesso dela. O excesso de evoluções, de riquezas, de produtividade... o excesso de "desenvolvimento".
O afã do homem em busca pelo lucro e pelo avanço no sentido das tecnologias e inovações fê-lo adotar posturas visando possuir cada vez mais controle do que o cerca. Usou a razão como forma de dominar a natureza de forma a utilizá-la para seu proveito e garantir assim, crescente qualidade de vida.
Isso tudo é verdade e parece até sensato; é fácil compreender a lógica desse pensamento.
Só que há erros gritantes nessa ideia. Aceitável que o homem busque métodos para melhorar sua situação, sim. Mas até onde está a necessidade? Onde começa a futilidade, o luxo e o exagero? Compreensível que o homem precise de sua característica "racional" para ser sujeito das suas relações. Mas onde é que essa racionalidade está quando surge a questão da nossa dependência com relação à natureza que estamos destruindo? Onde se situa o nexo disso? Que tipo de qualidade de vida é essa que busca na medida em que se põe em risco a disponibilidade daquilo de que necessitamos de forma indispensável?
A natureza, vida e fonte de vida para nós e outros seres de variadas formas tem sido destruída por nós mesmo para fazermos máquinas, ferramentas, acessórios e zil outros produtos muitas vezes desnecessários, supérfluos, totalmente dispensáveis.
O Direito surge então como forma de, de certo modo, refrear esse inescrupuloso e inconsequente comportamento. Coloca medidas para regular a relação homem x natureza e até mesmo a relação entre homens que vem de encontro com efeitos ao meio ambiente. O Direito Ambiental também delibera em benefício da natureza quando se trata da conduta das empresas que fazem uso de seus recursos para gerar lucros. Estabelecendo padrões de agir tanto no âmbito público como no privado, o Direito busca fazer com que o zelo pela natureza se converta evidentemente em bem para nós mesmos. É um Direito Ambiental que acaba sendo um Direito Humano. Um direito humanizado, um direito consciente, um direito sustentador por um ambiente sustentável.



Referências das imagens:

http://www.giakoumidis.com/photo-press-agency/english/2007-01-10/photo/ENVIRONMENT/ENVIRONMENT/EVRIMOMENTAL-POLLUTION-FROM-MINE-FACTORY-ELECTRICITY-KOZANI/?PhotoID=661

http://www.geograph.org.uk/photo/815769

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