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segunda-feira, 21 de abril de 2025

Texto feito por: Mateus Penteado de Paula

As ciências sociais e seu papel imprescindível na formação dos juristas
O direito está atrelado a humanidade desde seus primórdios, mesmo sem ter formalizado. Os chefes tribais impunham regras que deveriam ser seguidas pelos membros de seus grupos, e em caso de descumprimento haveria punições, da mesma forma que hoje o direito serve para sancionar as ações das pessoas.
Com a passagem e as diversas mudanças ocorreram na sociedade, o direito passou por um processo de atualização e formalização, com a criação de universidades que formam juristas e a inserção de novas matérias competentes a essa evolução, como por exemplo a sociologia, responsável pelo estudo e análise da sociedade.
No Brasil, a sociologia jurídica se manteve ausente por muito tempo dos cursos de direito, começando a surgir de forma marginalizada com a “Geração de 1870” da “Escola do Recife”, e posteriormente a Universidade de São Paulo, que iniciaram o rompimento com os modelos dogmáticos de ensino europeu. No entanto, ela só se confirmou como matéria obrigatória no curso de direito em 1994.
A sua presença no currículo obrigatório ainda gera debates, no entanto sua manutenção é de suma importância na formação de juristas. Embora não seja um autor que é estritamente focado no direito, Pierre Bourdieu analisa em seu livro “A Distinção: Critica Social do Julgamento” como as diferenças sociais afetam todos os campos da sociedade, o direito incluso. Essas diferenças criadas a partir do “Capital Cultural”, na qual as classes dominantes são responsáveis por moldar as normas jurídicas ao seu bem querer, gera um desequilíbrio social entre as classes menos poderosas.  
Portanto, as ciências sociais formulam um papel de suma importância na formação de juristas, por serem um instrumento vital para se combater tais injustiças sociais. Pois, com a formação de juristas que possuam pensamento crítico é possível combater essa estruturação excludente e promover um cenário justo e igualitário.

O aluno Mateus Penteado de Paula não conseguiu acesso ao blog, então postei para ele o seu texto.

Turno: Noturno

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