Total de visualizações de página (desde out/2009)

segunda-feira, 21 de abril de 2025

AS CIÊNCIAS SOCIAIS SÃO ÚTEIS AO JURISTA?

    “O amanhã tornasse impensável, o futuro indomável, o direito do juiz não pode ser outro senão o direito para o amanhã.” Essa afirmação feita pelo professor Agnaldo Barbosa de Souza, sintetizou, na palestra de quinta (10/04), a importância da base social-filosófica na formação do futuro jurista.

    A Sociologia é entendida como uma ciência que tem por objetivo compreender a atividade social pela interpretação, e depois explicar o desenvolvimento e os efeitos dessa atividade, dessa forma, como ciência social, é extremamente importante para a formação de um jurista. Afinal, como é possível interpretar e compreender o presente sem um repertório? E estando em um capitalismo tardio, com tantas violações de direitos e retrocessos, como imaginar um amanhã, um futuro, sem um repertório?

    Esse é o papel da base sociológica e filosófica no Direito. Servem como um suporte, como explicado pela professora Eduarda Sanção, para tirar o “tecnicismo maçante” e o sentimento de angústia da incapacidade de mudança social através do judiciário. Para que o direito seja entendido, não como um obstáculo, mas como um meio. Não é possível desvincular o Direito do fato que é uma ciência social aplicada, não é possível imaginar uma norma sem relação a um grupo social, uma demanda efetiva de pessoas de carne e osso. A norma não “brota”, é uma construção social. "A história da sociedade até os nossos dias é a história da luta de classes." - Karl Marx

    Ainda que a esperança pelo direito possa ser tênue, frágil, quando olhamos nossa casa de leis, o que acontece nos últimos, dias, meses, anos, essa esperança diminui. Mas admitindo esse vazio que é gerado pela angústia no Direito, temos um campo de possibilidades de ação. Produzir nossa solução. O que nos dá a capacidade de sobreviver é essa sensibilidade com o mundo, tal mundo que não nos dá ao luxo de sermos pessimistas. Precisamos ser otimistas nas pequenas coisas. Que ferramenta de mudança temos, senão o direito?


Evelly Alonso Lopes - 1º Direito Noturno

Nenhum comentário:

Postar um comentário