A expressão "ditadura da beleza" refere-se à imposição social e cultural de conformar-se a padrões estéticos frequentemente irreais e inalcançáveis. Tal conceito reforça a noção de que há um padrão único de aparência ao qual todos deveriam se adequar, o que pode desencadear sentimentos de insegurança, diminuição da autoestima e, muitas vezes, transtornos mentais graves. É um fenômeno muito presente em todo o mundo e pode ser visto como uma espécie de "fato social" - conceito estudado por Durkheim - uma vez que possui um caráter coletivo, atingindo homens e mulheres desde cedo, exterior, sendo moldado por ideias ensinadas e não por ideias natas, e coercitivo, com a pressão social para que as pessoas se encaixem nesses padrões.
O culto à magreza, à juventude e a corpos "perfeitos" é disseminado pela mídia, pelas redes sociais e pela indústria da moda, pressionando especialmente mulheres a se adequarem a um ideal exterior a elas. Essa "ditadura" é facilmente perceptível na busca incessante por cirurgias estéticas na atualidade, nos graves casos de distúrbios alimentares e, principalmente,na constante exclusão de corpos fora do padrão ditado. Assim, a ditadura da beleza revela-se como um fato social que oprime e exclui.
Desse modo, a pressão para seguir padrões de beleza não só tira a liberdade das pessoas sobre seus próprios corpos, como também mostra um problema na forma como a sociedade funciona: em vez de unir, ela reforça desigualdades e exclui quem não se encaixa nos padrões. Isso mostra como a busca pela aparência ideal pode ser um fato social doentio em uma sociedade que valoriza mais a aparência do que a diversidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário