Peões
num tabuleiro de xadrez
Tento
como objeto de estudos os Fatos Sociais, que são tudo o que for exterior ao
indivíduo, coletivo e coercitivo, Durkheim acredita que uma sociedade
anterioriza e projeta a dinâmica entre os indivíduos. Assim, qualquer habito
pessoal é programado pelo coletivo e não pelo indivíduo. Durkheim vê a
sociedade como um organismo vivo, divido em partes, que pode apresentar
anomias, ou seja, fugir do que se é considerado normal, o que pode comprometer
o equilíbrio da sociedade.
Mesmo
tendo, de certo modo, um pensamento um tanto quanto positivista, ao reduzir
todos ao fato social, a magnitude de sua obra se encontra no predomínio do
conjunto, ao invés de cada um, do social sobre o individual. Assim como no
filme “A Onda”, no qual um professor faz um experimento pedagógico, criando um
movimento em que ele é o líder. Esse movimento faz com que os alunos passem a
obedecer todos os princípios contidos no grupo e fazendo com o que os alunos
não admitissem nenhuma divergência de ideias.
A
partir da análise desse filme, percebe-se que o pensamento Durkheimiano dialoga
com qualquer tipo de ditadura e com movimentos que reprimem as liberdades
individuais. Desse modo, as linhas de pensamento exageradamente focado no
coletivo são possíveis. Essas linhas de pensamento fazem dos indivíduos apenas
peões em um jogo de xadrez, os quais sempre “agem” de acordo com o que
beneficie o jogo e não eles próprios como indivíduos.
Cainan Fessel Zanardo - Direito Noturno
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