O sociólogo e cientista político Emile Durkein nos levam a
questionar o por que de cada sociedade ser regida de uma forma e o que impões
esse modo de se auto-regular. No pensamento Durkein, existe uma força imposta
aos nossos pensamentos que só vemos quando não queremos ceder. E não ceder é
um ato corajoso e arriscado que nota-se, por exemplo, ao contrapor a ordem estabelecida à vida da
mulher sufragista do século XIX, onde tem-se a reivindicação do voto universal
como uma ameaça a ordem.
A medida que os movimentos de emancipação da mulher conscientiza
ele pende para o lado da funcionalidade, desvinculando-se da anomia. Mas não necessariamente essa mudança se torna parte da ordem. Isso se
da em razão de que mesmo que historicamente conquistados, direitos que ofendem
a regularidade nunca são plenamente garantidos.
A titulo de exemplo ,embora a mulher contemporânea tenha conquistado
o direito ao divórcio, em um instinto intensificado de conservação da ordem, o
instinto de vingança do homem pode muitas vezes levá-lo ao feminicídio. Pois no
pensamento de Durkein uma sociedade machista é normal, e uma mulher livre é
disfuncional o que causa uma reação.
Em sua obra “ O que é um fato sócial?” o autor citado diz
que não é obrigado a nada, mas é impossível agir de outro modo, pois a sistemática
age independente do uso que faça dela. Tem-se como exemplo- uma mulher que possui
conhecimento de seus direitos. Ela sabe que tem ampla autonomia para escolher suas roupas, mas se também
souber que o direito moderno não é a força motriz de nossa moral (e sim os
costumes religiosos) sabe que precisa
muitas vezes precisa decidir-se entre sua liberdade e sua segurança. Pois há como
violar a conduta, mas nem sempre é proveitoso.
A luta popular feminina ainda sim não recua buscando, com toda sua força dentro de sua possibilidade,entrelaçar liberdade e segurança da mulher, apesar da ordem.
A luta popular feminina ainda sim não recua buscando, com toda sua força dentro de sua possibilidade,entrelaçar liberdade e segurança da mulher, apesar da ordem.
Amanda Ricardo- Direito Noturno
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