Durkheim estabelece fundamentos de princípios sociológicos, em que o que não advém do social, não tem valoração na sociologia. Ele estuda isso através do fato social, que são relações externas a individualidade. Tais fatos se encontram prontos desde o momento de nosso nascimento, sendo assim, somos alienados a uma vida determinista e coercitiva.
Depois do fato social, Durkheim estabelece o conceito de solidariedade, que nada mais é que o compartir de um mesmo conjunto de regras. A evolução de uma sociedade faz ela passar de um modelo de solidariedade mecânica, com o partilhar das regras de maneira coerciva, para a solidariedade orgânica, onde este partilhar é feito pela divisão dos trabalhos.
O filósofo também estuda as patologias que afetam a coletividade, e para explicar as derivações de seu pensamento, pode-se fazer o uso de um modelo brasileiro atual: a intervenção militar no Rio de Janeiro.
Na cidade maravilhosa, o crime nas favelas nasceu como uma patologia, algo que ofende a consciência coletiva, mas a partir do momento que foi se expandindo, tornou-se uma anomia, onde encontra-se presente uma desordem social e uma superposição de legalidades, por causa do monopólio da força.
As forças armadas ali presente travam um conflito inútil, visto que a problemática só será solucionada quando agirmos em sua raiz, na origem do tráfico, que muitas vezes é: a falha na educação, a falta de oportunidade no mercado de trabalho ou até a decadência nas políticas públicas de conscientização.
Neste momento percebe-se a grande influência de Durkheim nos dias atuais, pois foi quem conceituou a transformação dentro do funcionalismo. Com esta abstração poderíamos buscar uma adequação social em harmonia coletiva. Um sonho que fica cada vez mais distante a medida em que o governo investe em armas ao invés de escolas.
Vinícius Moreno Gonzales
Turma XXXV - noturno
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