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segunda-feira, 9 de abril de 2018

É 07/04/2018. Luis Inacio lula da silva em um dos seus discursos mais marcantes anuncia que irá se entregar. Desce do palco, anda pelo povo, carregado. Começa uma corrente. Não querem deixar que lula se entregue. Não podia ser justo. Lula era lula. Lula era a encarnação de milhões, era o rosto do Brasil, era o filho do Brasil, era o João e também a Maria. Lula é o sonho de esperança de milhões. Como podia se entregar?
Wilian bonner anuncia: lula preso. Se entregou. Do outro lado da telinha milhares comemorando. Rojões pelo país. A festa. Finalmente viva a justiça! O Brasil agora poderia começar a sua busca contra a corrupção quase patológica que temos aqui.
Existe um sentimento quase doentio que se expressa na vontade de justiça, o crime de corrupção regulando a vida em sociedade era inaceitável, e de fato o é.
Mas aqui coloquemos essa questão: por que a indignação é seletiva? Por que enquanto o arquivamento do processo do também ex presidente Fernando henrique Cardoso por prescrição, os áudios do presidente michel temer, a mala de dinheiro encontrada no apartamento de Gedel viera lima, o arquivamento do processo de Romero Juca, o arquivamento do processo de Aécio Neves, por que nada disso também não gera um pressão popular já que o ideal seria, supostamente, o mesmo: acabar com a corrupção?
Dessa indagação, podemos a começar a concluir que essa pressão popular e toda essa coerção social da maneira que se faz  dizem muito sobre a nossa sociedade ou sobre os agentes que nela atuam.
Com uma análise mais profunda percebemos que esse anti-lulismo venha de uma forte pressão midiática, e nos atemos a entender que isso diz muito sobre uma sociedade em que a grande mídia é controlada por apenas 5 famílias.
Outro ponto, mais defendido pelos apoiadores de lula, é o de que, todos os avanços que seus governos trouxeram grades mudanças à sociedade, e que elas vistas sob a ótica dos detentores do capital e do poder causaram uma desordem social, já que agora o pobre tinha perspectivas e a sociedade estaria mudando.
Em todos os casos, e análises, o que se vê é a expressão de uma sociedade que padece de uma boa educação para que se torne agente histórico e não mais apenas um produto da sociedade ou de discursos. Para que se faça uma análise crítica, ela vinda de ambos os lados.
Essa educação, para essa autora, deve ser diferente daquela proposta por Emile Durkeim, no qual a educação vem como aquela que molda o indivíduo para a sociedade. Aqui propomos uma educação libertadora, aquela de Paulo Freire, onde o individuo pode se tornar agente histórico e tem noção de suas capacidades, talentos e do seu poder de mudança. Uma educação em que o indivíduo não nasce para ser mais um na sociedade, mas que nasce para transformá-la. Precisamos de pessoas que transformem a nossa sociedade, que pensem além de dicotomismos, e que sobretudo, sejam críticas à história que estão ajudando a construir.

Mariana rigacci- noturno

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