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segunda-feira, 12 de março de 2018


O Direito nos estudos
                          

                Se a educação é um direito de todos os brasileiros, por que existem apenas pouco mais de 8 milhões de universitários no pais (segundo o Censo da Educação Superior de 2016)? A explicação mais racional seria dizer que o Brasil investe pouco na formação acadêmica de seus jovens. Enquanto que por um lado os investimentos estagnados com a PEC 241, de 2016, não proporcionem uma perspectiva de melhora, pelo menos a curto e médio prazo, existem outras maneiras de melhorar o ensino do país sem a utilização de recursos inexistentes, como fez Portugal nos últimos anos.
                Portugal, em meio a uma crise econômica que arrasou o país, obteve sucesso na melhoria dos estudos investindo em algumas inovações educacionais. De acordo com o jornal El País, em um artigo de 5 de março, uma dessas inovações foi o aumento da carga horaria de português e matemática, alegando que ambas as matérias são bases essenciais para que o aluno entenda o que está lendo e interprete gráficos, desenvolvendo, assim, sua capacidade de raciocínio. Com o aumento da carga horaria de apenas duas matérias básicas, que são o alicerce da formação acadêmica de todo estudante, percebe-se a aplicabilidade do “Discurso do Método”, de Descartes, nos dias de hoje. Descartes acreditava que a forma para obter conhecimento era o uso da razão e também criticava o ensino tradicional. Houve uma remodelação do ensino português, resultando na melhoria da educação do pais, sem maiores aumentos de custos.
                Embora a educação seja um direito de todos os brasileiros, essa não é a realidade vivida por todo o povo. A partir dessa verdade é possível depreender que esse direito não é abrangente e, para que seja, é necessário uma reforma estrutural.



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