O Direito nos estudos
Se
a educação é um direito de todos os brasileiros, por que existem apenas pouco
mais de 8 milhões de universitários no pais (segundo o Censo da Educação
Superior de 2016)? A explicação mais racional seria dizer que o Brasil investe
pouco na formação acadêmica de seus jovens. Enquanto que por um lado os
investimentos estagnados com a PEC 241, de 2016, não proporcionem uma
perspectiva de melhora, pelo menos a curto e médio prazo, existem outras maneiras
de melhorar o ensino do país sem a utilização de recursos inexistentes, como
fez Portugal nos últimos anos.
Portugal,
em meio a uma crise econômica que arrasou o país, obteve sucesso na melhoria
dos estudos investindo em algumas inovações educacionais. De acordo com o
jornal El País, em um artigo de 5 de
março, uma dessas inovações foi o aumento da carga horaria de português e matemática,
alegando que ambas as matérias são bases essenciais para que o aluno entenda o
que está lendo e interprete gráficos, desenvolvendo, assim, sua capacidade de raciocínio.
Com o aumento da carga horaria de apenas duas matérias básicas, que são o
alicerce da formação acadêmica de todo estudante, percebe-se a aplicabilidade
do “Discurso do Método”, de Descartes, nos dias de hoje. Descartes acreditava
que a forma para obter conhecimento era o uso da razão e também criticava o
ensino tradicional. Houve uma remodelação do ensino português, resultando na melhoria
da educação do pais, sem maiores aumentos de custos.
Embora
a educação seja um direito de todos os brasileiros, essa não é a realidade
vivida por todo o povo. A partir dessa verdade é possível depreender que esse
direito não é abrangente e, para que seja, é necessário uma reforma estrutural.
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