Ponto
de Mutação trata-se, sucintamente, das demasiadas maneiras de se compreender o
mundo, utilizando-se desde filósofos clássicos – como Descartes, Bacon e Newton
– até uma visão sistêmica de mundo; onde esta vem ganhando cada vez mais força em
nossa sociedade contemporânea, principalmente em discussões sobre
ambientalismo, sustentabilidade e problemas estruturais causados pelo método
mecanicista fruto da Revolução Científica.
O
filme, numa possível metáfora sobre a sociedade, move-se somente pelo conflito.
Por todo seu decorrer, vemos o debate entre as personalidade e concepções
conflitantes dos personagens, e a desconstrução de pensamentos antes tido como
absolutos. Em contrapartida com a visão pragmática de Jack, Sonia – baseada num
pensamento sistêmico e holístico – busca um entendimento integral do universo e
seus fenômenos.
Ao
se analisar o momento histórico em que vivemos – como Bacon sempre desejou – hoje
possuímos completo domínio sobre a natureza, utilizando-a em nosso favor. E
nessa sociedade marcada pelo consumismo exacerbado e consequente degradação do
meio ambiente, a visão orgânica abrangida por “O Ponto de Mutação” se faz mais do que necessária para a propagação de noções de sustentabilidade e
consciência ecológica.
Desta maneira, para que haja continuidade não só da espécie
humana, mas de toda a vida como um todo – citando Sonia – “precisamos de uma
sociedade sustentável em que nossas necessidades sejam satisfeitas, sem
diminuir as possibilidades das próximas gerações”.
Bárbara Jácome Vila Real - 1º Ano de Direito Matutino
Nenhum comentário:
Postar um comentário