"O
Ponto de Mutação" filme dirigido por Bernt Capra e baseado no livro do
físico teórico e escritor, Frijtof Capra, trata de três diferentes pontos de
vista e percepções de mundo. Jack, um político, se preocupa com a melhor forma
de governar e agradar a maior parte das pessoas. Sonia, uma cientista, busca
uma relação na existência de tudo e uma nova visão de mundo. Thomas, um poeta,
procura por uma perspectiva renovada baseada na essência. Nada obstante às suas
distintas formas de assimilação, ambos buscam entender a mutualidade de tudo.
O
filme questiona como o mundo é visto a partir de uma visão mecanicista, como se
o ser humano e o planeta fossem uma máquina. Esta visão é tida a partir de
alguns filósofos como Descartes e Bacon que consideravam tudo individualmente.
Ainda hoje, no século XXI, o ser humano tem uma interpretação egocêntrica de
mundo, impedindo-o de enxergar a corelação entre todos os sistemas vivos, sua
essência e sua interdependência.
"Não
evoluímos no planeta, evoluímos com o planeta". A grande questão do filme:
as diferentes formas de percepção de mundo e como estas se articulam, ainda envolvem
e instigam a muitos. Apesar de haver vários modelos de discernimento sobre como
cada ser é e se associa, mostra-se necessário compreender que além de sermos
indivíduos vivemos interligados por uma rede de relações interdependentes,
coexistindo como um todo.
O
ser humano busca, na maioria das vezes, explorar e não se preocupar com a possibilidade
do esgotamento da natureza e dos recursos, pois o pensamento mecanicista leva a
crer que se pode simplesmente intervir caso algo dê errado sendo desnecessário prevenir
para que isto não aconteça. Mas torna-se indispensável buscar formas de enxergar
que o planeta e os seres vivos não podem ser considerados como máquinas, pois
não há como dividir em várias partes o todo que estes são. É substancial
prevenir e cuidar desse todo porque, diferente de uma máquina, este não pode
ser facilmente consertado, pois tem uma essência e não está meramente programado.
“Quando percebermos que nós e o planeta somos, na verdade, um só, uma realidade,
uma só consciência, teremos chegado ao ponto de descobrir que nossa transformação
não foi apenas uma atitude, mas uma mutação”.
(Isabela Rafael Soares - Direito Noturno - 1 º ano)
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