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segunda-feira, 28 de março de 2016

Crise de perspectiva

   O filme "Mindwalk" - ou Ponto de mutação - traz uma interessante perspectiva para análise geral do mundo e das relações entre os seres que nele habitam. E assim é, de tal forma, que procura trazer em debate uma nova maneira de se pensar sobre as coisas, os acontecimentos e as consequências deles, que diverge da abordagem cartesiana e mecanicista inserida intelectualmente por Descartes.
   Longe de anular sua relevância, o intuíto da crítica é questionar o discurso quanto ao seu impacto e falta de coerência com a atualidade, ou seja, tendo em vista a atual situação conflituosa em que se vive a população humana com a natureza, faz-se um comentário pertinente a respeito dos efeitos do pensamento cartesiano para solucionar problemas globais (que tem sido falho), da sua utilidade já tida para o desenvolvimento da ciência, e da necessidade se criar uma nova perspectiva racional que considere e estude a natureza como um objeto complexo,  formado por inúmeros membros que estabelecem relações vitais emtre si.
   O debate desenvolvido nos diálogos do longa, vai para além da física quântica, extende o mecanismo essencial de relações sociais e biológicas para todas as áreas do conhecimento, enfim, estabelece uma "teoria de relações" que explica a vida. Contudo, essas reflexões esclarecedoras e ao mesmo tempo, questionadoras, como um todo, não são de inteirissíma necessidade para que se perceba a urgência da mudança de método de raciocínio (daquele que divide e estuda ao que estuda e relaciona as divisões), para uma mudança nas próprias relações que os homens estabelecem com seus comuns, e com o ambiente externo. De tal forma, que modifique o quadro caótico e tendenciado à desarmonia que está formado a um pensadamente mais harmônico e que caminhe para a evolução. E é nesse ponto que o filme contribue para o diálogo e o aprendizado.

Luana Marachini - aluna do curso de direito da UNESP (noturno).


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