“Ponto de Mutação” é um filme de
1992 que discute uma temática muito atual, o longa-metragem traz uma discussão sobre
diversos problemas da sociedade envolvendo o pensamento de Descartes e o “mundo
mecanizado” no qual tudo é tratado como um relógio, a divisão de partes e sua
junção explica o todo.
É criticando este pensamento que
a cientista, Sonia Hoffman, irá apresentar um novo pensamento que se baseia na interdependência
de todas as coisas no universo. Assim, somos convidados a deixar a visão
conservadora de lado e abrir nossa mente para novos conceitos envolvendo a
natureza e relações humanas.
Na conversa entre as três personagens do filme
há uma abundância de metáforas e analogias, percebe-se a contradição dos
personagens entre tantas metáforas, por exemplo, a cientista que tanto critica
a visão do mundo que separa todas as coisas, isolou-se do mundo na ilha após uma
frustação profissional, e ela que defende relações melhores com o mundo possui
uma relação conturbada com sua filha. O político que anseia a mudança pessoal continua a afirmar sua posição conservadora durante toda a conversa ao longo do filme.
“Nenhum santo sustenta-se sozinho”
Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todo homem é um pedaço do
continente, uma parte da terra firme. Se um torrão de terra for levado pelo
mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o
solar dos teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui,
porque sou parte do gênero humano, e por isso não me perguntes por quem os
sinos dobram; eles dobram por ti. (John Donne)
Nada nem ninguém está completamente sozinho no mundo, cada aspecto da
vida não deve ser por fim julgado isoladamente, devemos analisar a “perspectiva
geral”.
Thalita Marques Monteiro – 1º Ano – Direito Noturno.
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