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domingo, 27 de março de 2016

"O Ponto de Mutação" e o método cartesiano

O filme "O Ponto de Mutação", de 1990, dirigido por Bernt Capra e baseado no livro homônimo de Fritjof Capra, trata sobre o encontro, em uma sala de um castelo medieval francês, entre três personagens: uma cientista, um poeta e um político, em que cada um apresenta um ponto de vista particular. A partir desse encontro inicia-se uma discussão filosófica.

Em dado momento, as ideias de Rene Descartes são apresentadas, em particular seu metódo: deve-se fracionar o objeto de conhecimento em pequenas partes para que este seja melhor investigado.  Tal pensamento é duramente criticado no filme, pois, desta forma, as interconexões do objeto estudado com o mundo ao seu redor são desconsideradas, o que resulta na apresentação um resultado incompleto e superficial, já que nessa situação somente uma pequena parte da realidade é levada em consideração pelo sujeito que efetua o estudo. Em outras palavras, para melhor entender o meio ambiente, tema recorrente no ano em que o filme foi produzido e atualmente, deve-se observar não somente a natureza em si, mas também outros fatores aos quais ele está conectado, como a política, a economia, a sociedade, entre outros fatores que possam estar relacionados ao assunto.


Desse modo, "O Ponto de Mutação"  revoluciona o pensamento consolidado anteriormente por Descartes, Newton, Bacon e outros ao contrariar o método cartesiano e defender que não se deve olhar separadamente os problemas globais para entendê-los e resolvê-los, e sim compreender suas interligações para que, por consequência, seja possível resolver tais problemas.  

Lígia Lopes Andrade - 1° Ano Direito Noturno 

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