O filme "O Ponto de Mutação" é, em essência, uma proposta. Trata-se de um projeto de ruptura com a perspectiva dominante, seguida da criação de espaço para a prevalência de novos princípios ou princípios que antes eram ignorados. Tudo isso relacionado a ideia de visão de mundo. É, em resumo, a proposição de uma nova forma de ver o mundo.
Dentro deste processo, defende-se uma premissa que parece ser fundamental, que é a verificação, sem exatamente norma rigorosa ou método exato, dos padrões de probabilidade das conexões. O tema central da obra é justamente a troca da visão fragmentada e mecanizada do mundo por outra em que se analise as conjunturas priorizando as relações em vez dos próprios objetos, da matéria em si.
Nesse tipo de visão, o ser humano é, em si, um sistema dentro de outro sistema, que por sua vez está dentro de outro sistema, numa infinidade continua de sistemas que interagem entre si e por vezes se interseccionam. Todos nós e tudo o que existe seria parte de uma teia inseparável de relações.
Existe no filme, a representação dessa compreensão, embasada na física subatômica, através de outros pontos de vista, notadamente a política e a poesia. Com todas as diferencias e contradições inerentes a aspectos tão diversos do entendimento, tudo parece convergir em uma tese ampla, porém palpável.
Mauricio Vidal Gonzalez Polino/Direito noturno/1º ano
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