Apesar de já se terem passado quatro séculos desde a publicação de suas obras, elas continuam extremamente atuais. No nosso século XXI conseguimos ver claramente os chamados "ídolos" - que nada mais são do que preconceitos - que Bacon menciona, influenciando a ciência e as informações atuais. Seja no crescimento global do movimento antivacina, que começou com o boato de que elas causariam autismo, mas que foi desmentido por diversos estudos médicos ao redor do mundo, no discurso recorrente sobre a fé e o divino pertencerem ou não à política ou no combate contra uma ameaça comunista inexistente, conseguimos perceber que uma grande parte da população prefere seguir seus ídolos do que usar da racionalidade para compreender tais tópicos.
Além disso, com a rápida disseminação de informações através das redes sociais, as fake news tomam proporções gigantescas, seja para difundir os tópicos anteriores ou eleger líderes ignorantes, o que acaba alastrando o obscurantismo que toma conta do mundo no momento. Ademais, com essa rapidez de informações, é improvável que se utilize o método de Descartes para julgar os argumentos, analisando-os, já que exercitar o pensamento crítico é mais difícil do que aceitar aquilo que te alimentam.
Bacon acreditava que a ciência poderia antecipar o futuro, mas, no momento, parece que a crescente "anticiência" está nos levando de volta ao passado, é preciso então, resgatar as ideias de tais filósofos para que possamos entender que para fazer ciência não é necessário somente mero achismo, e sim, métodos concretos, sejam eles baseados nas experiências ou no pensamento racional. Ainda, é preciso espalhar a verdade e credibilizar a ciência, para que possamos acabar as mentiras propagadas e extinguir o obscurantismo atual.
Mariana Marcelino - 1º Direito Noturno
Nenhum comentário:
Postar um comentário